segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Conhecer Belém é abrir o portão de entrada da Amazônia.Na cidade, é possível ver cenários encantadores, de cores exuberantes. Pelas ruas, principalmente no centro, é facil encontrar artesãs em suas barracas de bijuterias tais como: pulseiras, brincos, colares, tudo confeccionado com sementes da região.É quase impossivel passar em frente a uma dessas barracas sem parar para olhar e ir embora sem comprar.
Avendedora Silvilene Costa, 33 anos, trabalha com a fabricação desses produtos há mais de 10 anos."Sempre gostei de trabalhar confeccionando bijuterias com sementes, além do lucro para minhas despesas mensais é algo relaxante", diz Sivilene. O artesanato paraense é muito procurado, principalmente por turistas. A artesã revela que exporta grande quantidade para países como a Suiça e Estados Unidos.Vende também para Piauí, Santa Catarina, Bahia e São Paulo entre outras.Esses são alguns dos lugares onde o artesanato paraense tem lugar garantido.

Ultilizando matéria-prima puramente regional é possivel mostrar para o mundo a beleza do Pará. As sementes dão charme e colorido especiais ás peças, elas são selecionadas, lixadas e polidas, recebendo tratamento anti-fungos. Algumas são tingidas, permitindo que as peças sejam resistentes e duráveis.Vale lembrar que existe acessórios para todos os gostos, uma diversidade típica do Pará.

Aqui vai algumas dicas para preservar e manter a qualidade das bijuterias:



  1. Não molhar com perfume ou água de qualquer natureza;

  2. Antes de guardar, limpar as peças com tecido seco e macio;

  3. Caso apareça alguma parte com mofo, passar uma flanela seca e colocar a peça ao sol para que volte ao normal.



Por Ana Silva

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Adeus não. Até logo...

Somos filhos da terra. Dela viemos e para ela voltaremos. Somos como plantas, onde precisamos ser plantados, cultivados, amados, reproduzidos até chegarmos à morte.
Deus age de forma correta e na hora certa. Não precisamos questioná-lo sobre isso ou aquilo, Ele sempre sabe das coisas. Sempre.
Desta forma, o blog “Cultura em Questão” homenagea os profissionais Célio Costa e José Carlos Paixão, da TV Liberal, pelo trabalho realizado nesta terra, sempre com o dever de levar a informação de qualidade aos milhares de brasileiros. O talento deles, nas reportagens, deu brilho ao produto final levado ao ar, às casas de todos nós.
Célio e José Carlos estavam prestes a gravar uma reportagem investigativa para o Fantástico, da Rede Globo. A estrada BR-010, conhecida como Belém-Brasília, guardava uma surpresa para a equipe e para todos os que aguardavam por mais um trabalho que seria realizado para a TV Liberal. A chuva fina trouxe o frio e a morte, a pior companheira das estradas brasileiras.
Vamos ficar na saudade, aguardando um trabalho que nunca mais virá. Mas o povo paraense acreditou e sempre vai acreditar nos jornalistas de todo o Brasil. Segurem nas mãos de Deus e seguem um novo caminho.

Uma homenagem do Blog Cultura em Questão.

> Luciano Pinto
> Valéria Mariana
> Ana Lúcia Silva
> Adenilson Malato
> Priscila Araújo.



Foto: Google



Belém, PA, 11 de Dezembro de 2007.

Pão Caseiro de Cupuaçú.

Ingredientes
  • 1kg de trigo
  • 3 copos de leite líquido
  • 1 copo de açúcar
  • 1 copo de oléo
  • 3 colheres de fermento para pão
  • 2 ovos
  • sal a gosto
  • 3 copos de suco de cupuaçú
Modo de fazer: Coloque no liquidificador, o leite liquído, açúcar, oléo, ovos, sal e o fermento, deixe bater por 2 á 3 minutos.Depois despeje em uma vasilha e acrescente aos poucos o trigo (bater a mão, a massa do pão) e o suco de cupuaçú. Coloque a massa em uma assadeira, cubra-a e deixe descansar por 1 hora.
Leve ao forno, pré-aquecido por 30 minutos.
Por Valéria Mariana da Silva.

Museu paraense recebe premio

Criado em 1866 pelo naturalista Domingos Soares Ferreira Penna, o Museu Paraense Emílio Goeldi tornou-se um dos maiores centros de pesquisa na região amazônica e por isso recebeu do Ministério da Cultura (MinC), no dia 08 desde mês, a Ordem do Mérito Cultural (OMC) 2007, no Palácio do Planalto, em Brasília.
Implementado em 1995, a Ordem do Mérito Cultural surgiu com o intuito de tornar público o empenho de cidadãos, instituições e eventos que se destacam na contribuição para o desenvolvimento da riqueza cultural do Brasil. Outras 43 instituições também receberam a premiação.
A diretora do Museu Goeldi, Ima Vieira, representou a instituição no evento e recebeu a condecoração das mãos do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, e do Ministro da Cultura, Gilberto Gil. O Museu foi agraciado nas categorias Cavaleiro, Grã-Cruz e Comendador. “Recebemos a notícia com orgulho”, explica Ima. “Foi uma grande surpresa, por que as indicações são feitas no Brasil inteiro e, neste ano, o museu é a única instituição que recebe essa comenda. Sendo a mais antiga da Amazônia”, conclui.
Repórter: Adenilson Malato.
Editora: Valéria Mariana e Ana Lúcia Silva.
Foto:Wikipédia.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

A COMIDA QUE SÓ O PARÁ TEM



A SABOROSA COZINHA PARAENSE



A gastronomia paraense de cada estado reflete suas características históricas e culturais, sendo possível observar hábitos, técnicas e rituais utilizados para preparar e servir os alimentos.

O que seduz na cozinha paraense é a variedade de cores e sabores de frutos e temperos regionais. Frutos como o açaí que é marca registrada do Pará. O açaí é uma das principais fontes de alimento do povo paraense, movimentando a economia e as tradições locais.Não podemos esquecer dos outros ingredientes como a chicória, o jambu, o tucupi, e tantos outros que existem somente no Pará, dando um sabor único aos pratos paraense.

O preparo desses pratos requer temperos, técnicas e segredos indígenas. Temos como exemplo a maniçoba, que é feita a partir da maniva moída, cozida por no mínimo sete dias e sete noites. Outro prato típico e o pato no tucupi, liquido extraído da mandioca. A cozinha paraense tem muitos pratos saborosos, para conhecê-los só vindo ao Pará.


Por Ana Silva.
Fotos:Divulgação

A Praça de Novembro

Quem passa pela Praça da República, nem imagina que antes aquele local serviu de cemitério para os escravos e à população mais pobre. Anos mais tarde, foi construído um monumento simbolizando a Proclação da República e por fim batizada pelo nome que tem hoje. A Praça da Sereia, o Parque João Coelho, Teatro Waldemar Henrique e o Theatro da Paz também passaram a fazer parte da praça.
Em 15 de Novembro de 1889, o Brasil elevou-se da condição de monarquia para o regime republicano, assinado pelo Marechal Deodoro da Fonseca, através de um manifesto, há 118 anos. Por este motivo, muitas capitais do país têm uma praça chamada Praça da República. E o que significa república? República é um tipo de governo, que tem como representante um governo. De quatro em quatro anos, a pessoa acima dos 16 anos de idade e com o título de eleitor, vota para escolher um representante para o país. Isso é democracia. Anos mais tarde, surgiu a bandeira nacional como símbulo de patriotismo.


Lazer
A Praça da República recebe centenas de pessoas todos os domingos. São armadas barracas com produtos regionais onde o turista e gente da terra pode adquirir produtos feitos artezanalmente. Shows, brincadeiras e danças compoem o domingo festivo da família paraense. A praça não é apenas um ponto turístico da capital paraense, mas também representa a proclamação do Brasil à Independência. A partir de 1997, a praça ganha uma nova reforma onde foram construídos dois banheiros públicos, adaptados ao coreto central e ao coreto localizado na praça João Coelho, que faz parte do Complexo da Praça da República. Em 2003, a Prefeitura de Belém construiu o posto de apoio da Guarda Municipal, uma antiga reivindicação da população.


Por Luciano Pinto
Edição: Adenilson Malato
Fotos: Igcom, Prefeitura de Belém e Semma.

CULTURA DO “POVO” PARA O “POVO”


O jeito de ser paraense chama a atenção. Seja na forma de falar, de cantar, de dançar ou de vestir. Apesar das influências das demais culturas do resto do país, o paraense mantém, com fervor, o gosto pelas coisas da terra.
Nas ruas de Belém é impossível não correr para pegar a manga que cai, fresquinha e pronta pro consumo sem muitas delongas. São tantas frutas diferentes que não dá para resistir ao cupuaçu, ao bacuri, ao taperebá, ao muruci nem tampouco ao açaí. Não tem arrasta-pé sem carimbó, nas festas da capital e do interior já que este é conhecido como o ritmo contagiante que simboliza um cortejo entre o homem e a mulher. Sem falar na graciosidade que é participar dessa vida comunitária que nossas cidades conseguem construir. Sentir-se parte desse todo um tanto singular alimenta o espírito e faz dançar o corpo, que, aliás, já não mais se importa com o que está por vir: o cansaço.
No mês de junho os terreiros, as quadrilhas e as comidas típicas dão às cidades paraenses um charme especial com o colorido das bandeirinhas de São João. No interior do Estado, nas conversas ingênuas nas portas das casas, é comum ouvir estórias encantadas do Boto e da Matinta Perêra. O imaginário da região é povoado de misticismo, mistérios e fé.
E essa fé ganha proporções incalculáveis no Círio de Nazaré, sempre no segundo domingo de outubro, uma das maiores manifestações religiosas do país, e que é considerada o "Natal do paraense". Que é incrementado com um clima de confraternização durante o famoso “almoço do Círio” que só é completo com pato no tucupi e maniçoba à mesa.
A cerâmica, herança deixada pelos índios, é outra tradição da terra. O Pará é o resultado de uma mistura de ritmos e de raças que convivem em harmonia. Dos índios, tomamos o tucupi quentinho no tacacá que alimenta as tardes chuvosas de nossas cidades, dos negros apreciamos os passos da Marujada na festa de São Benedito em Bragança. Salve santo do povo! Sem falar na quadrilha, que veio da Europa pra animar nossas festas juninas e também as fora de época. Visitar o Pará é descobrir todos esses segredos. Receber o carinho e a hospitalidade do povo, saborear seus pratos e não resistir a seus ritmos.


Por Priscila Araújo.