quinta-feira, 22 de novembro de 2007

A COMIDA QUE SÓ O PARÁ TEM



A SABOROSA COZINHA PARAENSE



A gastronomia paraense de cada estado reflete suas características históricas e culturais, sendo possível observar hábitos, técnicas e rituais utilizados para preparar e servir os alimentos.

O que seduz na cozinha paraense é a variedade de cores e sabores de frutos e temperos regionais. Frutos como o açaí que é marca registrada do Pará. O açaí é uma das principais fontes de alimento do povo paraense, movimentando a economia e as tradições locais.Não podemos esquecer dos outros ingredientes como a chicória, o jambu, o tucupi, e tantos outros que existem somente no Pará, dando um sabor único aos pratos paraense.

O preparo desses pratos requer temperos, técnicas e segredos indígenas. Temos como exemplo a maniçoba, que é feita a partir da maniva moída, cozida por no mínimo sete dias e sete noites. Outro prato típico e o pato no tucupi, liquido extraído da mandioca. A cozinha paraense tem muitos pratos saborosos, para conhecê-los só vindo ao Pará.


Por Ana Silva.
Fotos:Divulgação

A Praça de Novembro

Quem passa pela Praça da República, nem imagina que antes aquele local serviu de cemitério para os escravos e à população mais pobre. Anos mais tarde, foi construído um monumento simbolizando a Proclação da República e por fim batizada pelo nome que tem hoje. A Praça da Sereia, o Parque João Coelho, Teatro Waldemar Henrique e o Theatro da Paz também passaram a fazer parte da praça.
Em 15 de Novembro de 1889, o Brasil elevou-se da condição de monarquia para o regime republicano, assinado pelo Marechal Deodoro da Fonseca, através de um manifesto, há 118 anos. Por este motivo, muitas capitais do país têm uma praça chamada Praça da República. E o que significa república? República é um tipo de governo, que tem como representante um governo. De quatro em quatro anos, a pessoa acima dos 16 anos de idade e com o título de eleitor, vota para escolher um representante para o país. Isso é democracia. Anos mais tarde, surgiu a bandeira nacional como símbulo de patriotismo.


Lazer
A Praça da República recebe centenas de pessoas todos os domingos. São armadas barracas com produtos regionais onde o turista e gente da terra pode adquirir produtos feitos artezanalmente. Shows, brincadeiras e danças compoem o domingo festivo da família paraense. A praça não é apenas um ponto turístico da capital paraense, mas também representa a proclamação do Brasil à Independência. A partir de 1997, a praça ganha uma nova reforma onde foram construídos dois banheiros públicos, adaptados ao coreto central e ao coreto localizado na praça João Coelho, que faz parte do Complexo da Praça da República. Em 2003, a Prefeitura de Belém construiu o posto de apoio da Guarda Municipal, uma antiga reivindicação da população.


Por Luciano Pinto
Edição: Adenilson Malato
Fotos: Igcom, Prefeitura de Belém e Semma.

CULTURA DO “POVO” PARA O “POVO”


O jeito de ser paraense chama a atenção. Seja na forma de falar, de cantar, de dançar ou de vestir. Apesar das influências das demais culturas do resto do país, o paraense mantém, com fervor, o gosto pelas coisas da terra.
Nas ruas de Belém é impossível não correr para pegar a manga que cai, fresquinha e pronta pro consumo sem muitas delongas. São tantas frutas diferentes que não dá para resistir ao cupuaçu, ao bacuri, ao taperebá, ao muruci nem tampouco ao açaí. Não tem arrasta-pé sem carimbó, nas festas da capital e do interior já que este é conhecido como o ritmo contagiante que simboliza um cortejo entre o homem e a mulher. Sem falar na graciosidade que é participar dessa vida comunitária que nossas cidades conseguem construir. Sentir-se parte desse todo um tanto singular alimenta o espírito e faz dançar o corpo, que, aliás, já não mais se importa com o que está por vir: o cansaço.
No mês de junho os terreiros, as quadrilhas e as comidas típicas dão às cidades paraenses um charme especial com o colorido das bandeirinhas de São João. No interior do Estado, nas conversas ingênuas nas portas das casas, é comum ouvir estórias encantadas do Boto e da Matinta Perêra. O imaginário da região é povoado de misticismo, mistérios e fé.
E essa fé ganha proporções incalculáveis no Círio de Nazaré, sempre no segundo domingo de outubro, uma das maiores manifestações religiosas do país, e que é considerada o "Natal do paraense". Que é incrementado com um clima de confraternização durante o famoso “almoço do Círio” que só é completo com pato no tucupi e maniçoba à mesa.
A cerâmica, herança deixada pelos índios, é outra tradição da terra. O Pará é o resultado de uma mistura de ritmos e de raças que convivem em harmonia. Dos índios, tomamos o tucupi quentinho no tacacá que alimenta as tardes chuvosas de nossas cidades, dos negros apreciamos os passos da Marujada na festa de São Benedito em Bragança. Salve santo do povo! Sem falar na quadrilha, que veio da Europa pra animar nossas festas juninas e também as fora de época. Visitar o Pará é descobrir todos esses segredos. Receber o carinho e a hospitalidade do povo, saborear seus pratos e não resistir a seus ritmos.


Por Priscila Araújo.




Centro histórico será revitalizado.


Conviver com a modernidade e com o crescimento populacional é um desafio para qualquer cidade que quer manter vivo o seu centro histórico. Em Belém, não é diferente. Junto aos prédios tombados como patrimônio público convivem lojas, ambulantes, trânsito agitado e alguns moradores que não têm condições ou não sabem como cuidar do casarão antigo onde residem. As conseqüências são várias, entre elas os freqüentes incêndios na área, como ocorreu recentemente em um prédio na Rua João Alfredo, que precisará ser demolido porque sua estrutura ficou comprometida.
Por isso, a Fumbel, em parceria com a Secult e o Instituto do patrimônio Histórico Nacional (Iphan), vai realizar um conjunto de ações para revitalizar a área. O Plano de reabilitação do Centro Histórico prevê, além da preservação, uma pesquisa sobre o perfil socioeconômico dos moradores e pessoas que trabalham nos prédios e a possibilidade de transformar edifícios abandonados em moradias para quem vive pelas ruas, ou ainda em bares, restaurantes e pequenos hotéis.
De acordo com o presidente da Fumbel, Heitor Pinheiro, algumas capitais brasileiras já passaram por esse processo, inclusive com a retirada do fluxo de carros do local. “Não dá para pensar nas pessoas, no mercado informal, que é fator de sobrevivência, e no reordenamento do trânsito”, explicou. Outro objetivo do plano é tornar a Cidade Velha um bairro com melhor infra-estrutura. "Algumas pessoas se mudam o e abandonam suas casas pela falta de opções de estacionamento, supermercados e farmácias nas proximidades, por exemplo”, completa.
Segundo pinheiro, as diretrizes de reabilitação apontam para uma nova vida econômica ao bairro, que incentive a permanência dos moradores. “Isso vai gerar um novo cenário de investimento para acidade, como o fortalecimento do turismo. Já existem demandas da iniciativa privada interessadas em um usar os prédios de forma sustentável”, ressaltou.

Adenilson Malato.

ARRAIAL DO PAVULAGEM: TRADIÇÃO E ALEGRIA DO POVO PARAENSE.

O grupo surgiu em 1987, com o nome inicial de " Boi Pavulagem do teu coração", a idéia foi de um grupo de músicos e compositores, com o objetivo da divulgação e valorização da música regional amazônica.
O ARRAIAL DO PAVULAGEM começou com uma brincadeira aos domingos, sendo utilizado na alegoria, objetos feitos de talas, que atraia o público á Praça da República, para assistir as apresentações musicais no palco do Teatro Experimental Waldemar Henrique. Era o início dos " Arrastões do Pavulagem".
Esse ano, o grupo comemorou 20 anos, e a festa se estendeu em todos os domingos de junho, onde o público cantou e dançou as toadas de boi, no tradicional " Arrastão do Pavulagem".
Por Valéria Mariana da Silva.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Cultura da Periferia Atinge a Classe Média

Coreografias ensaiadas; uniformes personalizados e a mesma trilha musical: O “Tecnobrega”. Esse é o mundo em que Íris Passos, 24 anos, e suas amigas da Equipe Tubarão estão inseridas. Fãs declaradas das festas de aparelhagens de Belém, elas garantem que o circuito “Tecnobrega” é hoje em dia um dos destaques da cultura paraense. Lugar para todos os públicos, esse fenômeno rompeu barreiras sócias e geográficas e está no topo das opções de entretenimento para quem gosta de dançar e se divertir sem grandes preocupações.
Antes relegadas aos guetos dos subúrbios, as festas de aparelhagem têm mudado seus aspectos mais tradicionais e, ao mesmo tempo, estão mais próximas do centro. O meio acadêmico passa a olhar esses shows com interesse científico, como fenômeno da cultura de massa produzida na periferia. Foi com base nisso que o antropólogo Antônio Maurício Dias da Costa passou a analisar a fundo o significado do que ele chama de “Festas Populares Heterogêneas”. O estudo resultou no livro “Festa na Cidade: O Circuito Bregueiro de Belém do Pará”, que foi lançado no dia 24 de outubro deste ano no Instituto de Ciências da Arte na UFPA. “O circuito é muito dinâmico e movimenta o mercado como um todo. Em geral, as aparelhagens são empresas familiares, mas, incluem caminhoneiros para transportar, marceneiros para fazer as caixas de som, técnicos em eletricidade, vendedores e muitos outros”, explica Antônio em seu livro.
Os freqüentadores das festas também deram passos significativos para a Ascensão Social. A maior parte dos membros da Equipe Tubarão, por exemplo, tem curso superior. “As aparelhagens eram populares, mas, hoje tem muita gente de Classe Média Alta lá, curtindo. O público ficou mais heterogêneo e no final das contas, todos querem se divertir”, diz Íris. A pesquisa do antropólogo confirma a fala de Íris. Para ele, dizer que são festas do povão é uma forma simplificada de mostrar que pessoas de todos os cantos da cidade as freqüentam e um incentivo à isso é o fator econômico: nas aparelhagens, não se gasta nem R$ 30 por noite. Os ingressos custam R$ 10 e boa parte das “equipes” entra com cortesias. Se fosse para boates, só a entrada custaria mais de R$ 40 reais.
O Tecnobrega

O Movimento Bregueiro de Belém, segundo pesquisas de Antônio da Costa - antropólogo, nasceu na década de 70, a partir do trabalho de gravadoras locais, sobretudo a Gravasom, na década de 80. Depois de 1980, o gênero se difundiu com mais intensidade e, em 1990, começou a conquistar a Classe Média e públicos distintos.
Ao longo dessa evolução Bregueira, uma característica permaneceu: A dança. As coreografias são a grande tônica dessas festas. Alguns dizem que o brega é um Bolero mais agitado, ou seja, há vários significados. Mas, de uma forma geral, a dança liga a música aos movimentos. As meninas da Equipe Tubarão ensaiam, têm suas próprias coreografias e chamam a atenção durante as festas. “Não são ensaios fixos, mas, estamos sempre preparadas para dançar todas as músicas, desde o tecnobrega até o funk, o forró e o pagode”, diz Íris.
Uma constatação, no entanto, ofusca o sucesso dessas festas. Segundo dados da Delegacia de Polícia Administrativa pelo menos metade das aparelhagens não é registrada. A ilegalidade não impede esses eventos, mas, a quantidade de dinheiro envolvido deveria preocupar. Em 2003, o valor dos contratos para essas festas chegava a R$ 6 mil, atualmente as somas dobram.

Por Adenilson Malato
Edição: Luciano Pinto
Fotos: Divulgação

Calypso: Do Pará para o Mundo

"Parece até um conto de fadas, mas assim que aconteceu, eramos dois apaixonados Julieta e Romeu..." A letra da música "A Lua Me Traiu" pode ter uma certa semelhança entre Joelma e Chimbinha. Um amor que parecia ser platônico, acabou resultando em sucesso profissional com tose certa de talento e força de vontade entre o casal.

Era o ano de 1999 quando Joelma conheceu Chimbinha em um almoço entre amigos. Ninguém poderia imaginar que naquele ano os dois estariam juntos para formar uma banda de muito sucesso.

Belém do Pará foi o primeiro palco da Banda Calypso. No início, vários músicos viajavam em uma pequena Van. Os show's eram cobrados R$ 2 reais por ingresso. Um ano depois, o casal resolve sai do Pará e rodar o país. Começava ali uma incrível jornada. Primeira parada foi a cidade do Recife (PE), onde o sucesso da banda conseguiu atingir o Nordeste inteiro com o ritmo contagiante.

Com tanto sucesso no Brasil e no exterior, Joelma e Chimbinha não óptam em assinar contrato com gravadoras e resolvem criar a Calypso Produções, que hoje é responsável pelas gravações dos CD's e DVD's e até pelas divulgações.

O Pará ganhou espaço com o surgimento da Banda Calypso, que envolve multidões com o seu gingado paraense misturado ao som caribenho e presenteia seu público com um super espetáculo, cheios de belos figurinos, coreografias e tecnologia de ponta nos palcos. Entre centenas de efeitos especiais, o palco delineado por luzes de led e revestido por 10 telões de altíssima definição, onde os clip's se interagem com a incrível desenvoltura de Joelma e seus dançarinos. Já o Chimbinha chegou a ser considerado pela revista Showbizz como uma "unanimidade onipresente". Ele já produziu mais de mil discos.


Calypso, uma banda de vanguarda

O ritmo calypso nasceu no Caribe e na década de 60 chegou ao Pará através dos viajantes que cruzavam a floresta. O som apaixonado contagiou os ribeirinhos que viviam às margens dos rios. O som dos The Beatles, Mark Knofler misturava-se às canções da Jovem Guarda e dos outros ídolos da época. Os casais enamorados se esbaldavam nos bailes com suas damas e o amor fluia.



Perfil - Joelma

Nome: Joelma da Silva Mendes
Aniversário: 22 de Junho
Signo: Câncer
Religião: Deus
Livro: A Bíblia
Filme: O Gladiador
Ator: Selton Mello
Atriz: Glória Pires
Cantora: Cassiane, Aline Barros, Mariah Carey e Marisa Monte
Cantor: José Augusto
ídolo: Deus
Sapato: Nº 33 para sandálias e nº 34 para botas
Manequim: Nº 38
Altura: 1,51m
Peso: 48kg
Fruta preferida: Açaí e Acabaxi
Prato preferido: Peixe assado de brasa, de preferência preparado pelo Chimbinha
Bebida preferida: Suco de Abacaxi
Perfume: Qualquer um cítrico
Uma cidade: Belém do Pará
Hoppy: Ficar em casa brincando com meus filhos, vendo vídeos, dormindo, já que passamos horas trabalhando
Mania: Colecionar botas
Um desejo: Mais um filho para fechar a fábrica
Uma frase de inecentivo para quem busca o estrelato: "Quanto mais importante você for, tanta mais seja humilde e encontrarás favor diante do Senhor". Esta é a frase que eu mentalizava sempre nas dificuldades e hoje estou aqui.
Frase da Bíblia: "Ele é o meu Deus, o meu refúgio, a minha fortaleza e só Nele confiarei" (Salmo 91, versículo 2)


Perfil - Chimbinha
Nome: Cledivan de Almeida Farias
Aniversário: 12 de Fevereiro
Signo: Peixes
Religião: Deus
Livro: A Bíblia
Filme: Moisés
Ator: Matheus Nathergalle
Atriz: Fernanda Montenegro e Patrícia Pilar
Cantora: Depois da minha esposa, gosto da Ivete Sangalo
Cantor: Almir Sater
ídolo: Deus
Sapato: Nº 39
Manequim: Nº 38 - Camisa M
Altura: 1,73m
Peso: 68 kg
Fruta preferida: Açaí, Uxi e Piquiá
Prato preferido: Peixe frito, assado ou cozido
Bebida preferida: Água
Perfume: Sendi Masculino
Uma cidade: Belém do Pará
Cor: Azul
Um desejo: Ver meus filhos formados
Por Luciano Pinto
Edição Priscila Araújo
Fotos de divulgação

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Rumos Cinema e Vídeo Belém


Começou nesta segunda-feira e segue até a próxima sexta, 9, a mostra itinerante "Cinco por Cinco", onde serão exibidos os documentários premiados no Rumos Itaú Cultural Cinema e Vídeo 2006-2007. O evento acontece no auditório do IAP (Instituto de Artes do Pará), às 19 horas, com entrada franca.

Na abertura da programação, a diretora Miriam Chnaidermam participou de um bate-papo com o público sobre o processo de criação do documentário "Procura-se Janaína".

O projeto Rumos Cinema e Vídeo foi criado em 1998 e já recebeu 1.700 inscrições no Brasil inteiro, com cerca de 30 documentários lançados.


Por Luciano Pinto.
queridos amigos